Além das aulas o professor ainda tem os planejamentos das aulas e atividades, registros diários, relatórios, preenchimentos de pautas e atas, reuniões com os pais, reuniões pedagógicas, dar explicações porque disso ou daquilo, levar “sacos” de avaliações e passar noites em claro para analisar e entregar no prazo previsto pela instituição, preparar trabalhos teóricos, reciclar os estudos e cursos... E ganhar um salário que mal dá para comprar livros para se especializar...
Não acho que o salário dos
professores seja ruim se levarmos em consideração a realidade dos assalariados
brasileiros, mas se levarmos em conta a relação quantidade de trabalho e salário recebido, aí o salário do
professor torna-se um dos piores entre as profissões.
Um professor, mas professor mesmo, sabe o quanto precisa equilibrar-se
emocionalmente para que suas aulas dêem bons resultados. E todos nós sabemos
que nas séries iniciais este esgotamento é bem maior!
Existem tantos fatores pedagógicos e psicológicos envolvidos na
aprendizagem dos alunos que a interferência de mais ou menos dias de aula é
insignificante. Se a aula é ruim, pedagogicamente
falando, pode botar "dez mil dias de aula/ano" que a
aprendizagem dos alunos continuará sendo “horrível”.
Só quem conhece o
ambiente da escola, que vive o ambiente da escola, que faz do ambiente da
escola a sua segunda casa, sabe que todos estão cansados. Os alunos estão
cansados, os funcionários estão cansados e os professores estão exausto.
Na realidade só quem está presente o tempo todo na escola sabe disso.
Enquanto estivermos olhando para nós mesmos e não para a coletividade, jamais conseguiremos alguma coisa.
Será que D. Pedro I ainda diria
esta frase???
“Se
pudesse escolher uma profissão escolheria a de professor".
Profª. Vanessa Santos